... E O HOMEM CRIOU DEUS!

Um dia a paz reinava no mundo e tudo era belo e silencioso.



Deus criou o homem e ficou feliz.

Ele com a sua sabedoria, encantou as florestas com os pássaros para entoar nossos ouvidos com suas melodias; vislumbrou as montanhas com rios e cachoeiras para encantar nossos olhos; acendeu o sol com a sua luz de energia para regenerar a vida; soprou a brisa para acalentar a luz do sol. E a natureza respondeu produzindo alimentos.




E o homem criou Deus.

Um Deus que avança na ambição, que recolhe dinheiro em sacolas, que desmata, queima, aprisiona.

Um Deus que grita, estanca, polui, que mata.



Onde está o verdadeiro Deus?

O Deus que me deixa pegar frutas no cerrado, observar os pássaros da florestas, os animais nos pampas.
Comer jatobá, macaúba, mangaba, barú, ananais, pequi, araticum e gabiroba.

Saborear amoras colhidas na ribanceira, os veludos e azedinhas nos grotões da mantiqueira.



Eu quero o meu Deus de volta. Ele sim é capaz de transformar a sua propria criação para inverter o invertido, e fazer para mim um mundo mais divertido. Com pessoas que sorri, que conta história, que pula e se emociona.



Eu quero de volta o meu Deus...


Paulo Freitas/2010





segunda-feira, 18 de abril de 2011

VOU TE CONTAR UMA HISTÓRIA!

Bia,

Vou te contar uma história!!!
Nesta terça-feira de manhã, preparava-me para a caminhada matinal. Depois do ritual completo de preparação, busquei um beijinho de despedida e tchauuu... Um recado: na volta devo trazer 04 pães. Segui sozinho rua acima.
Para passar o tempo contava os passos, até me distraí com as pessoas, as mesmas pessoas de todos os dias. Bom dia.
Bom dia, cadê a Bia, pensava uma pessoa, mas não dizia.  Não quer caminhar conosco? - pensava a outra- mas não dizia. E eu continuei caminhando só, sem a Bia.
Foi mais forte o sentimento de solidão quando minhas mãos se esfriaram e eu não tinha outra mão para me segurar. Aquela de todos os dias. As mãos da Bia. Desprotegido.
E aí pensei numa história do cotidiano. Não tinha prá quem contar: Solitário.
De repente o silencio. Continuei caminhando. Só os meus passos podiam ser ouvidos.  Pelo menos assim eu consegui ver os cadarços do meu tênis desamarrado. Parei.
Uma pedra foi o meu suporte.
E aí eu pensei numa história, não do cotidiano, mas numa história verdadeira que se escreve cada linha em cada segundo da minha vida.
Se eu posso caminhar, eu percebo esta história.  Se eu posso trabalhar, eu escrevo esta história. Se ainda posso medir os índices de vida do meu sangue, eu sinto esta história.
Se eu me sinto vivo, eu vivo esta história. E para continuar acreditando na vida, eu preciso desta história.
E eu continuei a caminhada. E no caminho alguém perguntou: e o seu livro???  E eu respondi: eu vou te contar uma história:
- Era uma vez uma mulher chamada Beatriz, que se tornou a Bia da minha vida e que hoje faz mais um aniversário e quero que ela viva para sempre como parte da minha grande história.

Parabéns, querida. Eu acho que amo muito você...

Paulo

26/03/2008 – 00h15min

Nenhum comentário:

Postar um comentário