... E O HOMEM CRIOU DEUS!

Um dia a paz reinava no mundo e tudo era belo e silencioso.



Deus criou o homem e ficou feliz.

Ele com a sua sabedoria, encantou as florestas com os pássaros para entoar nossos ouvidos com suas melodias; vislumbrou as montanhas com rios e cachoeiras para encantar nossos olhos; acendeu o sol com a sua luz de energia para regenerar a vida; soprou a brisa para acalentar a luz do sol. E a natureza respondeu produzindo alimentos.




E o homem criou Deus.

Um Deus que avança na ambição, que recolhe dinheiro em sacolas, que desmata, queima, aprisiona.

Um Deus que grita, estanca, polui, que mata.



Onde está o verdadeiro Deus?

O Deus que me deixa pegar frutas no cerrado, observar os pássaros da florestas, os animais nos pampas.
Comer jatobá, macaúba, mangaba, barú, ananais, pequi, araticum e gabiroba.

Saborear amoras colhidas na ribanceira, os veludos e azedinhas nos grotões da mantiqueira.



Eu quero o meu Deus de volta. Ele sim é capaz de transformar a sua propria criação para inverter o invertido, e fazer para mim um mundo mais divertido. Com pessoas que sorri, que conta história, que pula e se emociona.



Eu quero de volta o meu Deus...


Paulo Freitas/2010





segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ESSÊNCIAS DE MULHER

A mulher em sua essência
é um constante transitar de sentimentos.
Muda de humor a todo o momento,
viaja nos desejos do pensamento.

A mulher em sua existência,
contradiz com sorte as leis da  natureza.
Quando os físicos criaram as grandezas,
Não mensuraram  sua  beleza.

Num desfilar insinuante de modelo,
deslumbra o olhar  e a formosura.
Nobres gestos de sutil candura,
enobrecem sua alma pura.

O olhar meigo encanta com carinho,
e a sensualidade surge graciosa,
sensibiliza com o cheiro da rosa,
um  beijo no amante doce carinhosa

O relógio desperta o sono calmo,
 Os movimentos rotineiros do  farto dia.
Parcos raios de luz os olhos desviam,
e o sono que resta ela renuncia.

Um carinho terno com as mãos afaga,
o filho  querido que ressona inerte.
Mulher-mãe que em seu sangue verte,
Cuidar do pequeno lhe diverte.

Seu caminhar impera no silencio,
a elegância de um monumento branco.
Luvas acépticas quebram seu encanto,
Soros injetáveis indolentes prantos.

A palavra calma se abre num sorriso,
o afago carinhoso sem a  luva agora.
A mulher ternura escondida aflora,
num abraço gostoso que o doente implora.

Paulo Freitas – Nov/2011