O nosso coração se acende de emoções quando a saudade que sentimos de pessoas que foram em nossa vida, alimento de alegrias, se torna latente. A emoção fica ainda muito mais vibrante quando a distancia que nos separa dessas pessoas, não se pode transladar com apenas alguns minutos de movimento.
Foi muito bom sentir esta saudade, quando uma amizade de mais de dez anos foi adubada com grande quantidade de energia e sais de emoções.
Ele que um dia foi o homem do Bazar, também foi o mais respeitado Homem da Sociedade Amigos do Bairro (SAB), nos deu o privilégio de participar de sua vida em vários momentos e se tornou um grande companheiro nas lutas políticas da nossa região e também como um grande ombro para ouvir os nossos casos e os nossos descasos.
Ele que um dia, pela porta da igreja onde reinava como um grande e fiel colaborador, deixou entrar em sua vida um Deus que o tornou frágil como uma criança, mas sensível como uma teia de aranha que desmorona a um pequeno toque.
Ele que, pela perda de uma parte importante de um equipamento do seu corpo, começou a enxergar o mundo com os olhos de uma exuberante águia, que do alto de sua plenitude, consegue ver os movimentos de um pequeno camundongo.
O homem do Bazar que conhecemos ha mais de dez anos, chegou ao nosso encontro, depois que cruzamos cinco horas de viagem e nos recebeu em seu coração com uma lágrima de felicidade. Uma felicidade que só nós sabíamos o motivo. Uma felicidade que vinha de dentro da alma como uma explosão de emoções que somente os olhos podem traduzir.
O homem do Bazar, que conquistou o seu patrimônio e a sua família usando apenas as mãos, iniciando pelas duras penas do trabalho no eito da lavoura, depois servindo as mesas da alta sociedade e em seguida pela arte de construir casas e edifícios.
O homem da sociedade, que com suas mãos calejadas e sexagenárias pela idade, nos mostra na sua humildade que ainda é possível servir e assim transformou com o suor do seu rosto, dois mil metros de terras pisoteadas pelo gado. Um grande paraíso de plantas que encanta os nossos olhos e serve aos grandes bandos de pássaros que vem se alimentar das frutas, que se perdem nas pencas penduradas nos arvoredos enfileiradas, erguidas como um manto verde e que se perde em variedades de cores e sabores.
Um homem que, com a sua visão de águia, conquistou o coração de nossos amigos visitantes pela sua ternura de caráter, sua paz e sua tranqüilidade e sua maneira espontânea de contar histórias sempre enriquecidas com detalhes de muita perseverança e determinação.
Muito obrigado a este companheiro, pelos momentos dessas emoções que passamos juntos, ontem, hoje e sempre e pela grandeza de sua alma cristã que nos deixa sempre querendo encontrar nele um motivo a mais para explicar o seu bom humor e a seu relacionamento tão maravilhoso com Deus.
Amigo, Deus te abençoe para sempre.
Paulo Freitas
26 de janeiro de 2008- 17h00min
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