... E O HOMEM CRIOU DEUS!

Um dia a paz reinava no mundo e tudo era belo e silencioso.



Deus criou o homem e ficou feliz.

Ele com a sua sabedoria, encantou as florestas com os pássaros para entoar nossos ouvidos com suas melodias; vislumbrou as montanhas com rios e cachoeiras para encantar nossos olhos; acendeu o sol com a sua luz de energia para regenerar a vida; soprou a brisa para acalentar a luz do sol. E a natureza respondeu produzindo alimentos.




E o homem criou Deus.

Um Deus que avança na ambição, que recolhe dinheiro em sacolas, que desmata, queima, aprisiona.

Um Deus que grita, estanca, polui, que mata.



Onde está o verdadeiro Deus?

O Deus que me deixa pegar frutas no cerrado, observar os pássaros da florestas, os animais nos pampas.
Comer jatobá, macaúba, mangaba, barú, ananais, pequi, araticum e gabiroba.

Saborear amoras colhidas na ribanceira, os veludos e azedinhas nos grotões da mantiqueira.



Eu quero o meu Deus de volta. Ele sim é capaz de transformar a sua propria criação para inverter o invertido, e fazer para mim um mundo mais divertido. Com pessoas que sorri, que conta história, que pula e se emociona.



Eu quero de volta o meu Deus...


Paulo Freitas/2010





sexta-feira, 29 de abril de 2011

LAGOS E CORES

Num sublime pedestal de montes verdes,
Observo a planície soberba que se espalha.
De lagos e rios a natureza em lindas malhas,
Construída pelo tempo em grandes redes.

O céu azul encontra as águas no horizonte,
Com magníficos desenhos enfeitam este rincão.
Os verdes das ilhas são esmeraldas no chão,
E o azul das águas é safira atrás dos montes

A fauna exuberante campeia suas margens,
Em revoada branca, faz desenhos clássicos.
Pousam em busca do alimento aquático,
Embelezando ainda mais estas paisagens.

Amarelo sobre o verde em pequenos feixes,
Brotam em silencio às margens da mata.
Dourando em reflexos as águas cor de prata,
Formando mosaicos em ninhos de peixes.

O negro vai escurecendo o grande manto,
E o sol recolhe os raios do seu olhar candente.
Emoções coloridas me trazem este presente,
Um vermelho alaranjado nasce por encanto.

De Volta à base do pedestal dos montes,
Observo triste o final deste sol poente.
Que esconde o tom das cores já dormentes,
Pintando de negro a linha do horizonte.

Paulo Freitas
29/04/2011

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