... E O HOMEM CRIOU DEUS!

Um dia a paz reinava no mundo e tudo era belo e silencioso.



Deus criou o homem e ficou feliz.

Ele com a sua sabedoria, encantou as florestas com os pássaros para entoar nossos ouvidos com suas melodias; vislumbrou as montanhas com rios e cachoeiras para encantar nossos olhos; acendeu o sol com a sua luz de energia para regenerar a vida; soprou a brisa para acalentar a luz do sol. E a natureza respondeu produzindo alimentos.




E o homem criou Deus.

Um Deus que avança na ambição, que recolhe dinheiro em sacolas, que desmata, queima, aprisiona.

Um Deus que grita, estanca, polui, que mata.



Onde está o verdadeiro Deus?

O Deus que me deixa pegar frutas no cerrado, observar os pássaros da florestas, os animais nos pampas.
Comer jatobá, macaúba, mangaba, barú, ananais, pequi, araticum e gabiroba.

Saborear amoras colhidas na ribanceira, os veludos e azedinhas nos grotões da mantiqueira.



Eu quero o meu Deus de volta. Ele sim é capaz de transformar a sua propria criação para inverter o invertido, e fazer para mim um mundo mais divertido. Com pessoas que sorri, que conta história, que pula e se emociona.



Eu quero de volta o meu Deus...


Paulo Freitas/2010





terça-feira, 24 de agosto de 2010

MEU SEGUNDO ANIVERSÁRIO

Era festa tanta gente, barulhos gritos, risadas. Crianças tão diferentes, todos estavam contentes Chamavam por mim: venha cá! Pra você, carros, presentes. A mesa estava bonita, quanto doce, quanta fita. Papai, mamãe, que capricho! Tinha trem e tinha bicho. Tinha árvores na floresta, Tinha bala, tinha bolo. Tanta gente, quanta festa! - Filma ele no fuscão. O vovô tem que posar! O maior carro do mundo! Vem Guilherme , vem andar Tá na hora, olha o bolo Acende a vela, pra cantar. - Parabéns! Viva! Viva! É pique, é pique. É hora é hora Acabou tudo vai embora. Fiquei sozinho no vídeo, me vi na televisão. Mamãe, papai, olha eu ! Estou andando no fuscão A festa me faz sorrir A música traz emoção! Uma lágrima vem em meus olhos. O que acontece comigo? Não sei se corro perigo. Mamãe, me abrace forte Doeu aqui no meu peito. Quero dizer o que sinto Não consigo, não tem jeito! - Fique calmo meu filhinho! Um dia vais entender A emoção do chorar Do sorrir e do sofrer. - Quanta vida ainda tem, Quanto tempo pra viver. Estes momentos gravados, Ficarão no tempo guardados, Para sempre renascer. Guilherme (Porta voz) - 1988

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