Um dia eu plantei uma jabuticabeira no meu quintal e quando ela soltou as primeiras folhinhas sob os meus cuidados, pensei:
- Puxa, vai demorar sete anos para que eu possa colher algumas frutinhas dessa árvore...
E a árvore cresceu um pouco. No ano seguinte já soltava os primeiros galhos e eu já aproveitava de sua sombra.
Todos os dias eu a via com folhinhas novas, a refrescava com água fresca e a saudava com palavras de ordem:
- Cresça logo, seja forte!
Meus filhos vendo-a forte e vigorosa começaram a cuidar dela também.
E ela cresceu e tantas coisas aconteceram.
Depois de um trágico momento de minha vida e passar por uma quarentena no hospital, voltei para casa deprimido e achei que não podia mais cuidar da minha jabuticabeira, mas ela respondeu com uma nuvem branca de flores perfumadas e me saudou com uma palavra de ordem:
- Seja Forte! Você um dia ainda vai subir nos meus galhos para colher os meus frutos.
E assim foi...Ontem eu amarrei a rede em um de seus galhos, aproveitando de sua sombra, fechei os olhos preguiçosamente e pensei:
- Um dia eu te plantei pequenina e afaguei suas pequenas folhas e hoje você me sustenta em teus braços. Desculpe por não ter braços tão grandes para acariciar toda a sua grandeza. Só posso dizer: - Muito obrigado...
E ela respondeu com um silencio misterioso de paz, e eu adormeci sentindo o afago do frescor do balançar de suas folhas.
... E O HOMEM CRIOU DEUS!
Um dia a paz reinava no mundo e tudo era belo e silencioso.
Deus criou o homem e ficou feliz.
Ele com a sua sabedoria, encantou as florestas com os pássaros para entoar nossos ouvidos com suas melodias; vislumbrou as montanhas com rios e cachoeiras para encantar nossos olhos; acendeu o sol com a sua luz de energia para regenerar a vida; soprou a brisa para acalentar a luz do sol. E a natureza respondeu produzindo alimentos.
E o homem criou Deus.
Um Deus que avança na ambição, que recolhe dinheiro em sacolas, que desmata, queima, aprisiona.
Um Deus que grita, estanca, polui, que mata.
Onde está o verdadeiro Deus?
O Deus que me deixa pegar frutas no cerrado, observar os pássaros da florestas, os animais nos pampas. Comer jatobá, macaúba, mangaba, barú, ananais, pequi, araticum e gabiroba.
Saborear amoras colhidas na ribanceira, os veludos e azedinhas nos grotões da mantiqueira.
Eu quero o meu Deus de volta. Ele sim é capaz de transformar a sua propria criação para inverter o invertido, e fazer para mim um mundo mais divertido. Com pessoas que sorri, que conta história, que pula e se emociona.
Eu quero de volta o meu Deus...
Deus criou o homem e ficou feliz.
Ele com a sua sabedoria, encantou as florestas com os pássaros para entoar nossos ouvidos com suas melodias; vislumbrou as montanhas com rios e cachoeiras para encantar nossos olhos; acendeu o sol com a sua luz de energia para regenerar a vida; soprou a brisa para acalentar a luz do sol. E a natureza respondeu produzindo alimentos.
E o homem criou Deus.
Um Deus que avança na ambição, que recolhe dinheiro em sacolas, que desmata, queima, aprisiona.
Um Deus que grita, estanca, polui, que mata.
Onde está o verdadeiro Deus?
O Deus que me deixa pegar frutas no cerrado, observar os pássaros da florestas, os animais nos pampas. Comer jatobá, macaúba, mangaba, barú, ananais, pequi, araticum e gabiroba.
Saborear amoras colhidas na ribanceira, os veludos e azedinhas nos grotões da mantiqueira.
Eu quero o meu Deus de volta. Ele sim é capaz de transformar a sua propria criação para inverter o invertido, e fazer para mim um mundo mais divertido. Com pessoas que sorri, que conta história, que pula e se emociona.
Eu quero de volta o meu Deus...
Paulo Freitas/2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário