Um cachorrinho perdido, com seu corpinho ferido,
Geme a dor do maltrato de um povo insensato,
Treme pedindo o calor, e um pouquinho de amor,
De um abraço imediato.
Se uma criança recém-nascida, totalmente desprotegida.
Com seu corpo pequenino, tão frágil e tão franzino,
Pede no olhar um carinho, num abraço apertadinho,
Como um afago divino.
Se uma criança abandonada, sem destino sem morada,
Que suas dores atenuam, dormindo em becos da rua.
Traz dentro do seu regaço, o desejo de um abraço,
Para cobrir a vida nua.
Se uma idosa está sozinha, pensativa tão quietinha.
De repente em um sorriso, tão sincero, tão conciso
Solicita um grande abraço, sorridente erguendo os braços,
Como sinal de aviso.
Se uma alma deprimida, magoada e ressentida
Um coração com muita dor em sua vida sem valor,
Pede um abraço, ombro amigo, para lhe servir de abrigo
O desabafo de amor.
Esta força que os anima, que emana como num imã,
Incorporando energia, quando a corrente desvia,
Tornando o fluxo escasso. Somente a força do abraço,
A repõe como magia.
Paulo Freitas
10/05/2011
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