... E O HOMEM CRIOU DEUS!

Um dia a paz reinava no mundo e tudo era belo e silencioso.



Deus criou o homem e ficou feliz.

Ele com a sua sabedoria, encantou as florestas com os pássaros para entoar nossos ouvidos com suas melodias; vislumbrou as montanhas com rios e cachoeiras para encantar nossos olhos; acendeu o sol com a sua luz de energia para regenerar a vida; soprou a brisa para acalentar a luz do sol. E a natureza respondeu produzindo alimentos.




E o homem criou Deus.

Um Deus que avança na ambição, que recolhe dinheiro em sacolas, que desmata, queima, aprisiona.

Um Deus que grita, estanca, polui, que mata.



Onde está o verdadeiro Deus?

O Deus que me deixa pegar frutas no cerrado, observar os pássaros da florestas, os animais nos pampas.
Comer jatobá, macaúba, mangaba, barú, ananais, pequi, araticum e gabiroba.

Saborear amoras colhidas na ribanceira, os veludos e azedinhas nos grotões da mantiqueira.



Eu quero o meu Deus de volta. Ele sim é capaz de transformar a sua propria criação para inverter o invertido, e fazer para mim um mundo mais divertido. Com pessoas que sorri, que conta história, que pula e se emociona.



Eu quero de volta o meu Deus...


Paulo Freitas/2010





sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A MAGIA DE UM ABRAÇO

Um cachorrinho perdido, com seu corpinho ferido,
Geme a dor do maltrato de  um povo insensato,
Treme pedindo o calor, e um pouquinho de amor,
De um abraço imediato.

Se uma criança recém-nascida, totalmente desprotegida.
Com seu corpo pequenino, tão frágil e tão franzino,
Pede no olhar um carinho, num abraço apertadinho,
Como um afago divino.

Se uma criança abandonada, sem destino sem morada,
Que suas dores atenuam, dormindo em becos da rua.
Traz dentro do  seu regaço, o desejo de um  abraço,
Para cobrir a vida nua.

Se uma idosa está sozinha, pensativa tão quietinha.
De repente em um sorriso, tão sincero, tão conciso
Solicita um grande abraço, sorridente erguendo os braços,
Como sinal de aviso.

Se uma alma deprimida, magoada e  ressentida
Um coração com muita dor em sua vida sem valor,
Pede um abraço, ombro amigo, para lhe servir de abrigo
O desabafo de amor.

Esta força que os anima, que emana como num imã,
Incorporando  energia, quando a corrente desvia,
Tornando o fluxo  escasso. Somente  a força do abraço,
A repõe como magia.

Paulo Freitas
10/05/2011

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