Estremece onde ela passa,
o medo interrompe o riso.
Apaga-se a visão do paraíso,
Estrada esburacada sem horizonte.
Imagino somente dor por trás dos montes.
A cobra prepara o bote a chacoalhar o guizo
Uma nevoa de esperança,
Que o vento esmaga.
O fio de luz quase se apaga .
Nos arredores preces e orações .
As energias de Deus, sagradas emoções.
Com a inimiga da vida, principia a saga
Reflexos de cores,
Luzes cirúrgicas se faz presente,
Brancos aventais me cobrem a mente.
Liquido venoso me leva ao sono .
Transformo num corpo em abandono.
Bisturis em riste, cortes contundentes
Esvai-se a alma fica o silêncio,
Momentos rápidos de decisões.
Dilema de duas contradições .
Arriscar tudo é o sensato.
Ferramentas tilintam no aparato.
Morte súbita numa posição.
Dilacera corpo inerte,
Dentro de minha alma arranha.
oentes órgãos das minhas entranhas,
Ágeis mãos de homens benditos.
Energias divinas que acredito .
Formam trincheiras na batalha ganha.
Passei da vida por um minuto.
Senti a morte por um momento .
Dois dias de passamento .
Lembranças brancas, sem cores .
A Deus devendo favores .
Aprendi a amar com mais intento.
Set/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário