A mulher em sua essência
é um constante transitar de sentimentos.
Muda de humor a todo o momento,
viaja nos desejos do pensamento.
A mulher em sua existência,
contradiz com sorte as leis da natureza.
Quando os físicos criaram as grandezas,
Não mensuraram sua beleza.
Num desfilar insinuante de modelo,
deslumbra o olhar e a formosura.
Nobres gestos de sutil candura,
enobrecem sua alma pura.
O olhar meigo encanta com carinho,
e a sensualidade surge graciosa,
sensibiliza com o cheiro da rosa,
um beijo no amante doce carinhosa
O relógio desperta o sono calmo,
Os movimentos rotineiros do farto dia.
Parcos raios de luz os olhos desviam,
e o sono que resta ela renuncia.
Um carinho terno com as mãos afaga,
o filho querido que ressona inerte.
Mulher-mãe que em seu sangue verte,
Cuidar do pequeno lhe diverte.
Seu caminhar impera no silencio,
a elegância de um monumento branco.
Luvas acépticas quebram seu encanto,
Soros injetáveis indolentes prantos.
A palavra calma se abre num sorriso,
o afago carinhoso sem a luva agora.
A mulher ternura escondida aflora,
num abraço gostoso que o doente implora.
Paulo Freitas – Nov/2011